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Dosímetro de radiação desenvolvido por spin off da UA vence concurso de inovação

4 Dez
O dispositivo desenvolvido pela NU-RISE, uma spin-off da Universidade de Aveiro (UA) acolhida na Incubadora de Empresas da UA (IEUA), foi o vencedor da categoria “Saúde” da 11ª Edição do NOVO BANCO Concurso Nacional de Inovação. A NU-RISE, que desenvolve dispositivos para deteção de radiação, receberá 30.000 euro com esta distinçãos, dos quais 10.000 são para registo de propriedade intelectual.

“É motivante ver o nosso projeto premiado e reconhecido pelo seu caráter inovador, significa que vale a pena insistir nas boas ideias e continuar a trabalhar para as concretizar, num desafio diário, e que podemos contar com o apoio de grandes instituições para o fazer”, considera Luís Moutinho, CEO da Nu-Rise. O prémio, para além da divulgação associada, comenta o CEO da empresa, vai ainda permitir progredir no campo da proteção da propriedade intelectual (patentes internacionais), permite continuar com os testes em ambiente clínico, sendo também um importante impulso/motivação para a fase de financiamento que se prepara e coincidirá com a participação no e-team III do Building Global Innovators a decorrer no MIT (Boston), em maio de 2016.

A NU-RISE é uma spin-off da Universidade de Aveiro dedicada ao desenvolvimento de dispositivos para deteção de radiação, fundada por: Luís Moutinho, João Veloso e Filipe Castro.

Atualmente os seus esforços centram-se na certificação de um dosímetro para braquiterapia prostática, um dos principais tratamentos para o cancro da próstata. Hoje em dia, não existe nenhum dispositivo no mercado com sensibilidade e versatilidade exigida para controlo de dose de radiação em tempo real nestas situações.

O cancro da próstata é o cancro com maior incidência em homens de países desenvolvidos. França e Noruega são os países com maior número de casos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de novos casos deverá aumentar cerca de 75 por cento nos próximos 15 anos. Para a NU-RISE, isto representa mais de 0.5 milhão de pacientes que realizam braquiterapia prostática sem monitorização rigorosa de dose em tempo real.

O dispositivo premiado permite colmatar a falha, usando sondas de fibra ótica descartáveis. Podemos, assim, realizar dosimetria em tempo real na região a tratar e realizar correção de dose, minimizando efeitos secundários e conseguindo menor tempo de recobro. Estas vantagens são obtidas com um custo reduzido.

A segunda fase de testes in-vitro para regimes de alta taxa de dose está a decorrer em parceria com o serviço de radiologia dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC) e o Departamento de Física da UA. Nos próximos meses serão realizados testes em ambiente clínico em parceria com o IPO-Porto para regimes de baixa taxa de dose.

Enquanto ideia de negócio o projeto foi vencedor do Arrisca-C, em 2012. A equipa de investigadores participou no programa de aceleração “Building Global Innovators”, promovido pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e pelo MIT (Boston), tendo vencido na track “Medical Devices & Health IT” e conseguindo, assim, um investimento de 100 000 euros pela Caixa Capital TTA Ventures.

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