Graphenest instala-se no VougaPark, em Sever do Vouga
5 Nov
Empresa de alunos e antigos alunos da UA inova na produção de grafeno
Um novo método que permite produzir grafeno, a partir de grafite, e a um preço inferior ao praticado no mercado, constitui o centro de atividade da Graphenest, empresa em instalação no VougaPark, formada por antigos e atuais alunos da Universidade de Aveiro (UA). O método tem vindo a despertar interesse de multinacionais na área da energia e eletrónica, com as quais a Graphenest tem vindo a estabelecer contactos. A empresa é participada pela Portugal Ventures, mereceu o apoio do Passaporte para o Empreendorismo e a ideia de negócio já foi premiada pela Dow Portugal em 2014.
A ideia surgiu a partir do insatisfação em relação à performance das atuais baterias de lítio. Curioso, Vítor Abrantes, licenciado em Tecnologia e Design de Produto, pela Escola Superior Aveiro Norte (ESAN) da UA, começou a pesquisar informação sobre as potencialidades do grafeno. Ao longo desse percurso, surgiu a ideia de obter grafeno através de um método novo, a partir da grafite. Os primeiros testes laboratoriais, realizados na UA, foram animadores e levaram o jovem a pedir o patenteamento do método. O reconhecimento veio com a atribuição do prémio de inovação Dow Portugal, em 2014, e pelo segundo lugar no prémio EDP Inovação do mesmo ano. A Vítor Abrantes (diretor executivo, CEO, da empresa) juntaram-se, como sócios, Bruno Figueiredo (Chief Strategy Officer, CSO), doutorando da UA, e Rui Silva (diretor técnico, CTO), engenheiro químico também formado nesta instituição de ensino superior.
Entre as aplicações mais imediatas do grafeno de alta qualidade assim obtido, para além da energia – já que o grafeno é um supercondutor à temperatura ambiente -, está a eletrónica (touchscreens, por exemplo) e ainda a possível aplicação em tintas condutoras e materiais de revestimento. As baterias com base neste novo material poderão ser carregadas em minutos, explica o jovem empreendedor.
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